Se existe tema repleto de mistérios e mitos, é este do gozo da mulher.
Se na época da vovó o orgasmo feminino nem era cogitado, hoje ele não só
é esperado como virou quase uma imposição. E fala-se em tantas
variações – o orgasmo clitoriano, o com penetração, o do ponto G, os
múltiplos – que de vez em quando alguém por aí fica meio perdido ou
achando que a gata precisa ter todos ao mesmo tempo e ainda plantar
bananeira.
Clitoriano ou com penetração?
O orgasmo é um só, o que varia é o estímulo. Ele começa pela cabeça:
diversos núcleos responsáveis pela sensação de prazer fazem conexão com
os genitais, o que explica muita coisa, como a possibilidade de
excitação por meio da fantasia ou a de ter um orgasmo num sonho. É
possível também ter orgasmo só com estimulação clitoriana sem conexão
com a cabeça, caso, por exemplo, de mulheres com lesão medular e
consequente interrupção total ou parcial da comunicação
cérebro-genitais. A ação do cérebro torna viável a mulher ter orgasmo de
diversas formas: com penetração vaginal ou anal, com estímulo nos
mamilos, com o banco da bicicleta, sonhando com você… O problema é que a
comunicação cérebro-genitais pode ser tão irregular quanto a da
telefonia celular: com muita facilidade nossa cabeça desfoca, pensa em
outra coisa, diminuindo a excitação. O jeito mais fácil de recuperá-la é
com a estimulação clitoriana, já que o clitóris tem muitas terminações
nervosas, o que não acontece com todo o canal vaginal. Por isso,
querido, se a sua namorada não tem orgasmo com penetração, o que
acontece com cerca de 85% da população feminina, invista no clitóris e
tudo estará dentro dos conformes!
Múltiplos?
A resposta sexual humana compreende quatro etapas: desejo, excitação,
orgasmo e resolução. Esta última é o período no qual o corpo precisa
descansar, voltar aos níveis normais de pressão arterial, batimentos
cardíacos etc. Para os homens, é aquela fase na qual o pênis perde a
ereção e requer horas, às vezes dias, para ficar pronto novamente (o
tempo em geral aumenta com a idade). A diferença nas mulheres é que a
fase de resolução é mais curta. Elas podem, se estimuladas, rapidamente
se excitar e ter outro orgasmo… e outro e outro. Geralmente, os orgasmos
múltiplos não são tão intensos. Ou o primeiro é intenso e os outros são
menos. Agora, é muito importante saber: grande parte das mulheres não
tem múltiplos, até porque sentem o clitóris muito sensível após o
orgasmo e não aguentam estimulação. Se a sua gata é desse modelo, não
insista e acostume-se com o fato de ela ter um só orgasmo intenso e se
sentir satisfeita com ele. Fique satisfeito você também!
Ponto G
O famoso, o controverso. Ele estaria no primeiro terço frontal interno
da vagina, abaixo do osso púbico. Há quem diga que ele na verdade é a
raiz do clitóris, que em algumas mulheres estaria mais proeminente e
perceptível na parede vaginal, e em outras menos ou quase nada.
Portanto, o tal “botãozinho” na realidade é uma saliência, difícil de
achar e inexistente para muitas moçoilas. Tocá-lo com o dedo ou com o
pênis, durante a penetração, aumentaria muito a excitação, facilitando
inclusive um orgasmo. Mas não pense que é fácil. O pênis teria que
entrar só no primeiro terço e tocar lá em cima. É melhor, enquanto
estiver fazendo sexo oral, introduzir o dedo médio em forma de “gancho” e
ir explorando, explorando até que ela dê um gemido inegável – ou não.
Orgasmo nenhum
Uma mulher com anorgasmia nunca tem orgasmos. As outras mulheres podem
não tê-los de vez em quando e ainda assim estar tudo bem. Mesmo.
Acredite. Às vezes foi uma ideia que passou na cabeça e interferiu, ou o
telefone que tocou, ou sei lá, mas foi bom mesmo assim.
Lembrando que quando vc cita mulheres que nunca tem orgasmos, o ideal é que procurem um médico, percam a vergonha e conversem mesmo, relatem...
ResponderExcluirPura verdade Allan, um especialista pode resolver ou pelo menos ajudar essa falta de orgasmo, quanto mais cedo melhor, vamos parar com esse mundo machista e ir atras do que nos da prazer!!!!
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