Certo e errado: conceitos arbitrários que regem nossa vida
social e que, muitas vezes, são apenas pré-conceitos. Nenhum aspecto de nossas
vidas escapa a essa classificação do certo ou errado, nem o sexo (um fenômeno
biológico) nem a sexualidade (uma questão humana, cultural). Mas até que ponto
a moral é necessária? Deve haver normas na expressão da sexualidade? A questão
sexual pode ser dividida entre aquilo que pode e aquilo que não se pode fazer?
Ou a sexualidade é essencialmente individual e, portanto, somente as escolhas
individuais - que podem diferir umas das outras – são válidas?
As regras culturalmente estabelecidas para as questões sexuais
são bem vindas quando servem para delimitar comportamentos considerados
agressivos para a sociedade, como por exemplo, o estupro, a pedofilia e a
exploração sexual de mulheres.
Mas quando a moral exige padrões de conduta que muitas vezes não são seguidos por aqueles que discordam desses padrões ou possuem valores diferentes, surge o preconceito, a discriminação que prejudica muito a individualidade e a convivência entre as pessoas.
Mas quando a moral exige padrões de conduta que muitas vezes não são seguidos por aqueles que discordam desses padrões ou possuem valores diferentes, surge o preconceito, a discriminação que prejudica muito a individualidade e a convivência entre as pessoas.
A homossexualidade, por exemplo, não é aceita pelas religiões
e a sociedade, de certa forma, também a condena, da mesma forma como o sexo
antes do casamento. Para um religioso essas proibições não são vistas como
problema e essa regra é incorporada sem maiores questionamentos. O
comportamento inverso, ou seja, de quem não segue nenhuma doutrina que
determine essas atitudes, também não traz problemas, mas para quem não encara
essas questões de maneira resolvida esse tipo de cobrança social se torna um
peso.
Ana Cláudia Bortolozzi Maia, professora de sexualidade no
Curso de Psicologia da Faculdade de Ciências da Unesp, comenta que a moral em
si pode não ser repressiva na medida em que as pessoas tomam as regras como
norteadoras de sua vida e conduta, porém, é muito comum as pessoas seguirem um
padrão moral que "paira no ar", sem, contudo, terem convicção e
reflexão daquilo que está sendo imposto socialmente. E é aí que aparecem as
culpas, as cobranças, os sofrimentos.
Vivemos uma época de mudanças, de maior liberdade e ao mesmo tempo de retomada de valores afetivos e valorização do amor. A forma como o sexo deve ser encarado, tanto individualmente como em toda a esfera social, está sendo revista. O importante é sempre estar consciente das cobranças sociais e de nossas necessidades individuais, analisando até que ponto estamos sendo verdadeiros com nós mesmos.
Vivemos uma época de mudanças, de maior liberdade e ao mesmo tempo de retomada de valores afetivos e valorização do amor. A forma como o sexo deve ser encarado, tanto individualmente como em toda a esfera social, está sendo revista. O importante é sempre estar consciente das cobranças sociais e de nossas necessidades individuais, analisando até que ponto estamos sendo verdadeiros com nós mesmos.
Acesse:
http://www.sbrash.org.br/portal/files/pdf/algumas_reflexoes_sobre_moral_sexual_no_brasil.pdf
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