quarta-feira, 21 de agosto de 2013

ABSORVENTE INTERNO OU EXTERNO? COMPARE OS PRÓS E CONTRAS DE CADA UM!

Números de trocas, risco de alergia e doenças na região íntima variam para cada tipo.


Muitas mulheres enfrentam o mesmo problema ao se depararem com as prateleiras de farmácias e supermercados: qual absorvente escolher? Como se já não bastassem as diferentes marcas e promessas das embalagens, ainda é preciso optar pela versão externa ou interna para absorver o fluxo menstrual. Embora ainda exista muito preconceito com o uso do absorvente interno, ele é uma opção segura e às vezes até mais recomendada para a mulher, dependendo da situação - assim como o absorvente externo pode apresentar riscos que as mulheres desconhecem. Confira o que as especialistas dizem sobre os dois produtos e escolha o que mais se encaixa em suas necessidades: 

Riscos de alergia

Absorvente interno: eles oferecem um risco menor de alergias, pois não ficam em contato com a vulva e nem causam abafamento da região. "Além disso, os absorventes internos não possuem perfumes e as fórmulas 'sempre seca', que com frequência causam irritação", afirma a ginecologista Sueli Raposo, do laboratório Exame, em Brasília.

Absorvente externo: Os absorventes externos causam mais irritação pelo contato com a vulva. "As versões com cobertura plástica são as que mais ameaçam a região, pois causam um abafamento maior", explica a ginecologista Flávia Fairbanks, de São Paulo. "A falta de higiene também pode ser uma das causas de alergias na área íntima e coceira vaginal, assim como calças apertadas ou uma depilação pouco cuidadosa." 

Tempo de troca

Absorvente interno: a versão interna do absorvente deve ser trocada a cada quatro ou cinco horas. "A troca evita que as bactérias se proliferem no local, se ficar mais tempo do que seis horas, pode vazar". De acordo com especialistas, ele pode ficar sem troca por até seis ou oito horas, mas o risco de vazamentos e infecções aumenta nesse período, não sendo recomendado. 

Absorvente externo: já o absorvente externo pode ser trocado com menos frequência dependendo do fluxo. Os especialistas afirmam que não existe um horário fixo para a sua troca, mas que é sensato fazê-lo de quatro em quatro horas, para evitar o abafamento e concentração de bactérias. Ficar muito tempo com o absorvente externo pode causar odores e vazamentos. 

Fluxo intenso

Absorvente interno: ele não é o mais indicado para mulheres que tem o fluxo menstrual mais intenso, uma vez que precisa ser trocado mais vezes e, por reter o fluxo menstrual na vagina, permite uma maior proliferação bacteriana. Além disso, o absorvente interno está mais sujeito a vazamentos, fator que pode deixar a mulher insegura.

Absorvente externo: as versões com abas são mais seguras contra vazamentos. O absorvente noturno é muito indicado para a mulher que tem fluxo intenso, por ser maior e mais largo. A ginecologista Sueli completa dizendo que as mulheres podem até usar o interno e externo ao mesmo tempo em algumas ocasiões, vai depender de cada pessoa. "Mas se o fluxo é muito intenso, seria prudente consultar um ginecologista para verificar o porquê e se há algum tratamento." 

Uso noturno

Absorvente interno: pelo fato de o absorvente interno precisar ser trocado a cada quatro horas, ele não é o mais indicado para o uso noturno. Passar uma noite inteira com um único absorvente interno é arriscado e pode favorecer infecções. O absorvente interno pode até ser usado por mais tempo - de seis a oito horas - mas esse não é o tempo ideal para a troca.

Absorvente externo: pelo fato da troca ser mais tardia, o absorvente externo é o mais indicado para dormir. A versão noturna é a ideal, pois é feita especialmente para isso. 

Odores

Absorvente interno: com o absorvente interno, o fluxo fica retido logo na saída do útero e não entra em contato com o ar, fator que inibe a produção de odores. Mas é importante lembrar que o odor nunca deve ser muito forte, independente do absorvente, caso contrário deve ser consultado um médico.

Absorvente externo: Os odores são mais intensos com o uso do absorvente externo, pois há o contato do sangue menstrual com a pele e o ar. No entanto, uma boa higienização com água e sabonete íntimo e a troca frequente ajudam a minimizar os odores, desde que eles não sejam resultado de uma infecção ou outras doenças.  

Alterações na flora vaginal

Absorvente interno: por se localizar na parte interna da vagina, o absorvente interno absorve o fluxo menstrual e também as mucosas vaginais. "Isso cria um meio de interação com a área, podendo alterar o pH vaginal e favorecer infecções", afirma a ginecologista Andréa Scherer de Sá, do MDX Medical Center, no Rio de Janeiro.

Absorvente externo: a versão externa também tem função absorvente, e por conta disso há também a possibilidade de interação e alteração do pH vaginal, mas as chances de isso acontecer são menores que com a versão interna. O absorvente externo favorece as infecções e alergias vulvares a partir do momento em que deixa a área muito abafada ou contém químicos que favoreçam uma irritação.  

Risco de doenças

Absorvente interno: se feita a higiene e as trocas no tempo correto, o absorvente interno não traz grandes riscos para a saúde da mulher. Ele não abafa a região, evitando que ela fique suscetível a dermatites e corrimentos.

Absorvente externo: eles favorecem a concentração de umidade e calor na região íntima, que são condições ideais para o desenvolvimento e proliferação de fungos e bactérias. Isso poderia favorecer o surgimento de infecções ou doenças como candidíase, alergia e contaminações que podem ocorrer caso bactérias do ar ou mesmo da região anal se proliferem no absorvente. Entretanto, se as trocas forem feitas regularmente e a mulher manter a higiene íntima corretamente, os riscos também são pequenos. O mesmo raciocínio serve para os absorventes de uso diário, que devem ser evitados justamente por manterem a área íntima em constante abafamento. 

Doenças pré-existentes


Pessoas que estão com alguma alergia ou infecção na área íntima, como a candidíase, devem procurar um ginecologista para o tratamento da doença e acompanhamento adequando. Após avaliar o quadro da pacientes, o médico indicará qual o absorvente mais indicado caso a caso, ou mesmo se é recomendado interromper a menstruação. Por isso, não é possível afirmar qual absorvente é melhor ou pior para situações em que a mulher já apresenta alguma doença vaginal.    

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