Não é difícil deparar-se com uma revista feminina com, logo na capa, um
discurso sobre “que roupas você pode usar em tal ocasião”, ou “10 maneiras de
enlouquecer ele na cama”, ou ainda “você pode ligar depois do primeiro
encontro?”. A mulher moderna lê isso? Ela já não deveria saber que é livre para
tomar suas próprias decisões e que não existem fórmulas mágicas?
As revolucionárias da
década de 1960 que lutaram por novos direitos e reconhecimento, as que romperam
os estereótipos da época, conquistando o mercado de trabalho, fumando, usando
calças, discutindo sobre aborto, métodos anticoncepcionais, violência conjugal,
sexo e com mudanças na estrutura familiar também eram modernas para a época
delas. É injusto dizer que elas estão fora de moda. Hoje, somos uma mulher que
compreende, de alguma forma, todas essas que vieram anteriormente.
Tempo, espaço,
estilos, crenças, convicções estão vulneráveis a mudanças com grande facilidade
e imprevisibilidade, pois tudo é temporário, pode ser modificado antes de se
concretizar em hábitos, costumes e verdades. Para homens e mulheres.
A “mulher moderna” é
estereotipada para sair dos estereótipos. Ela é mãe, esposa, executiva, dona de
casa, cuida da beleza, da saúde, da família. Ela carrega a noção de que para
ser bem sucedida significa cumprir uma gama de realizações pessoais,
profissionais, familiares, religiosas e educacionais. Toda mulher é realmente
assim? Ou quer ser assim?
É uma imagem saturada
de que a mulher está sempre cansada, sobrecarregada e trazendo uma insuficiência
na vida. A mulher de qualquer época precisa ter a mente aberta, sem se apegar a
padrões e sem abraçar dificuldades impostas sem necessidade. No “tempo de
nossas avós”, elas traziam dentro de si os mesmo desafios, vontades e
conquistas. Ninguém precisa seguir um modelo para ser realizada. A tendência é
ser uma mulher atemporal.
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